Como acabo com as tiriricas da grama?

Kátia Soares
© Carol Costa/Minhas Plantas

Kátia, aquele gramado que parece um tapete, macio, verdinho e sem falhas, é fruto de muita manutenção e de um rigoroso controle de ervas daninhas. Se o jardineiro dorme no ponto, logo a grama está cheia de trevos, dentes-de-leão, braquiárias e, claro, tiriricas. As sementes dessas pragas são trazidas pelo vento ou por pássaros – às vezes, já estão no solo em que a grama foi colocada ou vieram na terra ou no esterco usados no plantio. O pior é que as sementes de ervas invasoras podem ficar dormentes por muitos anos até encontrar condições próprias para crescer, daí a gente ter aquela sensação de que é só começar a cuidar do gramado que as daninhas brotam do nada. A forma mais eficiente e natural de combater a tiririca e outras ervas daninhas é arrancá-las tão logo surjam, de preferência com um firmino, uma pazinha que tem a ponta bifurcada, própria para arrancar pela raiz. Se a infestação já estiver avançada ou a área for grande, o jeito é usar um herbicida: existem os seletivos e os não-seletivos (mata-tudo). Contra tiririca especificamente, os produtos a base de glifosato são os que têm melhores resultados, mas devem ser receitados por um engenheiro agrônomo e manipulados seguindo rigorosamente as orientações de segurança da embalagem. Como são produtos tóxicos, pense bem antes de recorrer a essa alternativa: eles podem contaminar o solo e os lençóis freáticos por até décadas. Não seria o caso de reunir os amigos e entregar um firmino pra cada um se divertir numa tarde de combate à tiririca? É uma forma bacana de estimular a consciência ecológica, reunir a família e ainda passar uma manhã ou tarde cuidando da natureza. As crianças vão adorar – e suas plantas também.

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